Comer pão sujo

12 comments on “Comer pão sujo

  • Isabel Pires says:

    Assim de raspão ainda deslizei para ver se havia um link para qualquer coisa… Acho que não há. E mesmo que exista, para mim, hoje aquele pão sujo e por associação o dinheiro sujo, e algo na imagem, só vai dar a um lado, que foi logo o que me veio à cabeça.

    Quadro com poucas especificações por motivos óbvios.
    Cenas de violência trazem ao de cima um nicho de prostituição. A referência a um “mentor” é dada como certa, com descrição que alude a rede, gerida e dinamizada por “pessoa bem posta na sociedade e com muito dinheiro”.

    Não estou a fazer nenhum juízo de valor sobre a actividade em si.
    Agora só me interessa perguntar isto, sabendo de antemão que se podem apresentar argumentos que deitem abaixo a ideia subjacente: aquela pessoa bem posta na sociedade não come pão sujo / não ganha dinheiro sujo?

    (À parte esta minha ligação, que decorre de circunstâncias que se precipitaram, há algo neste post – frase e um certo imaginário para que remete a imagem – que me faz associar a situações de exploração, a alguém que vive às custas de outro, a relações de subordinação que se sabem existir mas que se faz de conta que não são bem assim, e ainda a associar a “contratos/acordos” em que a parte aparentemente mais fraca domina o que se julga mais forte a ponto de lhe cuspir em cima sem que perceba.)

    (Luís, continua a ser complexo conseguir publicar aqui comentários com um número mais avantajado de palavras. Tive que fazer umas manobras extra.)

  • Luis Rodrigues says:

    vantagens e desvantagens da vaguidez
    cada um pode seguir o seu caminho
    cada um segue o seu caminho

    🙂

    Ou seja descobre-se caminhos novos, mas depois é preciso walkies talkies, o que estava a pensar quando publiquei é algo completamente diferente

    O que mais gostava à saída do cinema (do 2001 Odisseia no Espaço) era ouvir
    Um: Não se percebe nada do final, que porcaria!
    O outro: Não se percebe nada do final! Granda cena!

  • Inconfessável says:

    Granda cena? quando é que tu viste o 2001 Odisseia no Espaço?
    Quando o vi, há pr’aí cem anos, fiquei muda. Tão intimamente espectacular, tão cheio de interrogações sem conseguir responder a nenhuma. Inesquecível, todo o filme.
    Revi há uns anos atrás.

    • Luis Rodrigues says:

      Houve uma altura em que afixavam os cartazes do filme que estava a passar, e depois cartazes dos filmes que iam passar a seguir. Alguns passavam dois ou três dias. Quer dizer que tinha muita saída.

      E havia filmes que de vez em quando voltavam, não sei se lhes chamavam reposição. O 2001 passava todos os anos. Durante não sei quantos anos lá o via sem falta na grandeza dos 70mm num daqueles cinemas à lá São Jorge.

      Não havia internets nem dvd nem. Era vê-lo uma vez por ano, no escuro à frente daquele ecran e som grandes como tudo.

      Há alguns filmes sobre os quais podia falar durante horas, este é um deles 🙂

        • Luis Rodrigues says:

          O outro não dizia porcaria, dizia é que o filme é uma porcaria. E se calhar até é.
          E não é.
          😉

          • Isabel Pires says:

            (Ainda não sei a razão do título, mas não faz mal.)

            Ontem estava aqui um post muito interessante sobre o conceito de normal… Pena ter ido à vida. Apetece-me dizer: não é normal; estava tão bom.

            • Luis Rodrigues says:

              Não era nada, nem de novo nem de importante:

              O titulo? O pão tem conotações sagradas por um lado e por outro de ser do que há de mais essencial.

              Pão sujo? A essência conspurcada.

  • Noutro dia, voltava da padaria para casa. A minha baguete caiu no chão, no meio do passeio, por onde tantos pés haviam passado e ainda haveriam de passar. Infelizmente, não percebi cedo que o saco estava furado bem no fundo. Apanhei-a do chão, passei-lhe a mão aqui e acolá, não sei se ficou bem limpinha. Levantei a vista e vi uma mulher a me julgar com um olhar de nojo. Eu fiz a cara de “tô-nem-aí”. Peguei a baguetinha e segui para casa. É bem possível que eu tenha comido pão sujo, mas, como dizia a minha bisavó, “o que não mata engorda”.

    • Luis Rodrigues says:

      Cássio, és um contador de histórias por excelência

      fazes de cada pequena coisa um conto

      Se fosse eu só conseguia dizer, porra deixei cair o pão 😀

  • Inconfessável says:

    Ainda bem que era no escuro, sem barulho de pipocas e no formato original.
    O revi há uns anos, poucos, foi em casa de uns amigos, porque também o revi várias vezes na sala escura Yess!

    • Luis Rodrigues says:

      São tempos que passaram. Uma coisa é certa já não procuro os cinemas. Nem tenho a certeza da razão principal.

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