Hôtel
Ma chambre a la forme d’une cage
Le soleil passe son bras par la fenêtre
Mais moi qui veux fumer pour faire des mirages
J’allume au feu du jour ma cigarette
Je ne veux pas travailler je veux fumer
Ma chambre a la forme d’une cage
Le soleil passe son bras par la fenêtre
Mais moi qui veux fumer pour faire des mirages
J’allume au feu du jour ma cigarette
Je ne veux pas travailler je veux fumer
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habito neste país de água por engano
são-me necessárias imagens radiografias de ossos
rostos desfocados
mãos sobre corpos impressos no papel e nos espelhos
repara
nada mais possuo
a não ser este recado que hoje segue manchado de finos bagos de romã
repara
como o coração de papel amareleceu no esquecimento de te amar
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Vem, serenidade!
Vem cobrir a longa
fadiga dos homens,
este antigo desejo de nunca ser feliz
a não ser pela dupla humidade das bocas.
Vem, serenidade!
faz com que os beijos cheguem à altura dos ombros
e com que os ombros subam à altura dos lábios,
faz com que os lábios cheguem à altura dos beijos.
Chove…
Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir na chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?
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Chove…
Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama
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somos nós
Eis a lógica economicista do absurdo.
A frase que nada informa e só insinua, gera mais cliques, torna-se mais popular (viral como se diz) e por isso merece mais destaque.
A frase que descreve o que se passou, fica para segundo plano. Não gera cliques nem receita.
A informação primeiro travestiu-se de entretenimento e agora tornou-se um produto que se vende como se fosse margarina.
O consumo sabe como vender. As pessoas por si precisam de pouco.
A ideia não é produzir o que as pessoas querem, mas sim que as pessoas queiram tudo o que se produz.
Criar necessidades é simples. É só jogar com os mecanismos emocionais.
[zoomsounds_player source=”/wp-content/plugins/fwduvp/content/poesia/Mário Viegas – Domingo.mp3″ config=”tinta” artistname=”Manuel da Fonseca” songname=”Domingo (Mário Viegas)” thumb=”https://cdn-images.rtp.pt/EPG/imagens/14446_40985_81014.jpg” play_target=”footer”]
Os actores vivem a sério no palco o que os outros na vida representam mal.